O câncer é o resultado da divisão células descontrolada nos mais diversos órgãos do corpo humano. Esse processo, leva ao desenvolvimento de tumores que crescem de maneira independente e que podem causar problemas no local em que se desenvolvem ou em outros órgãos do corpo, através das metástases.

Metástase é a disseminação de células tumorais (doentes) para outros órgãos do corpo.

O câncer pode ser tratado por várias especialidades médicas, a depender do seu tipo histológico e de sua localização.

Essas especialidades são:

  • Cancerologia Cirúrgica: Realiza cirúrgias para tratar os tumores ou suas complicações.
  • Cancerologia Clínica: Realiza tratamento de quimioterapia para controlar a doença, para diminuir os riscos de recidiva ou para diminuir o tamanho dos tumores e, assim, tornar possível o tratamento cirúrgico.
  • Radioterapia: Trata os tumores através de raios ionizantes que atuam diretamente sobre as células neoplásicas e pode ser utilizada como tratamento exclusivo ou complementar à quimioterapia e/ou à cirurgia.

Contamos com o apoio de nutricionistas, enfermeiros e psicólogos para otimizarem os resultados do tratamento.

São medicamentos que podem ser ingeridos ou administrados em músculos, veias ou artérias e que atuam, preferencialmente, na divisão das células neoplásicas, mas que podem atuar também nas células sadias de todo o corpo, sendo responsáveis por alguns efeitos colaterais desse tratamento. Existem várias etapas da divisão das células neoplásicas, é o que chamamos de ciclo celular e os quimioterápicos podem atuar em diversas fases desse ciclo.

A Aplicação da quimioterapia pode ser feita durante uma internação, em ambulatório hospitalar ou em clínicas especializadas das seguintes formas:

  • Via Oral: Ingestão de medicamentos em forma de comprimidos. Pode ser feito em casa.
  • Via Intravenosa: A medicação é aplicada diretamente na veia através de um dispositivo (scalp, butterfly, abocath, jelco) ou ainda através de um Catéter Totalmente Implantado, que é indicado em certos tipos de tratamento quando não se tem uma boa rede venosa. As medicações são administradas na forma de injeções ou dentro de soluções (soros)
  • Via Intramuscular: Através de injeções no músculo
  • Via Subcutânea: Através de injeções por baixo da pele.

Os quimioterápicos aplicados na veia são cuidadosamente administrados para que não haja dor. Qualquer sensação no local da aplicação como coceira, dor, vermelhidão deve ser relatado à Equipe de Enfermagem.

  • Náusea e vômitos

    As náuseas e os vômitos associados à quimioterapia já foram um dos principais efeitos colaterais desse tratamento. Contudo, nos últimos anos, surgiram medicações bastante eficazes no controle desses sintomas.

    A intensidade das náuseas e vômitos dependem da senbilidade individual de cada paciente e do tipo de quimioterápico administrado.

    Antes e após a quimioterpia serão prescritas medicações para minimizar ao máximo esses sintomas.

  • Diarréia

    A diarréia pode estar relacionada à quimioterapia e pode ocorrer por um aumento da motilidade intestinal ou por efeito da medicação nas células intestinais que perdem a capacidade de absorção dos alimentos.

    É muito importante entrar em contato com o seu médico para que possa prescrever os medicamentos necessários para tratar sua diarréia.

    Evite alimentos gordurosos, frituras , álccol, leite e derivados, alimentos ricos em fibras e contendo cafeína. Procure hidratar-se bastante com água, água de côco, sucos, etc.

  • Mucosite (aftas)

    A mucosa que reveste nossa boca é composta por células que estão se multiplicando constantemente e de forma muito acelerada. A quimioterapia induz uma diminuição dessa renovação celular o que provoca enfraquecimento da barreira mucosa. Podem surgir aftas e infecções oportunistas por Candida Albicans, um fungo responsável pelo surgimento do "sapinho".

    Dê preferência a alimentos frios e pastosos, faça bochechos de bicarbonato de sódio e entre em contato com seu médico para que ele possa lhe dar orientações específicas sobre o tratamento da mucosite.

  • Alopecia (queda de cabelo)

    Da mesma forma que as células da mucosa oral, as células que produzem o cabelo estão em constante divisão e são afetadas por alguns quimioterápicos. Dessa forma o cabelo cairá, mas esse efeito é transitório e há total recuperação dos cabelos algumas semanas após o término do tratamento.

  • Febre

    É um dos sinais que merecem maior atenção! Da mesma forma que os quimioterápicos atuam sobre as células tumorais, atuam sobre a medula óssea onde são produzidas as células de defesa do nosso corpo - os leucócitos - bem como as hemácias e as plaquetas. Dessa forma, haverá uma queda na produção de leucócitos cerca de 10 a 14 dias após a quimiterapia e uma maior tendência a infecções.

    Caso ocorra febre, procure imediatamente uma emergência para que possa colher exames de sangue e iniciar antibióticos, caso necessários. Comunique ao seu médico para que possa lhe dar orientações de como proceder.

    Alguns desses efeitos são bastante transitórios, ocorrendo apenas por alguns dias após a aplicação do tratamento; outros podem durar um pouco mais ou, as vezes, durante todo o tratamento. Todos eles cessam após o término do tratamento. Pode acontecer de não haver efeitos colaterais, ou eles serem mínimos; isso não significa que sua quimioterapia não está fazendo efeito; por isso lembre-se: VOCÊ NÃO PRECISA PASSAR MAL.

  • Lembre-se de que sua rotina, idealmente, deve permanecer a mesma. Algumas limitações decorrentes do tratamento podem surgir o que pode, temporariamente, afetar o seu dia a dia.
  • Se estiver se sentindo bem, continue trabalhando, isso lhe fará bem.
  • Evite o uso de bebidas alcoólicas e caso o faça, entre em contato previamente com seu médico.
  • Sua vida sexual pode continuar ativa. É importante usar preservativos para evitar infecções sexualmente transmissíveis.
  • Use sempre protetor solar, há medicações que tornam a pele mais sensíveis ao sol.
  • Febre (temperatura maior ou igual a 37,8ºC)
  • Falta de ar de início súbito ou recente
  • Convulsões
  • Confusão mental
  • Dor intensa
  • Mal estar intenso de causa não definida
  • Diminuição de força nas pernas ou dificuldade para andar de início recente
  • Náuseas e vômitos que não cessam com medicações
  • Diarréia líquida com mais de 3 evacuações em 24h
  • Procure saber qual é o seu diagnóstico.
  • Quais os efeitos colaterais mais frequentes.
  • Que tipos de tratamentos complementares serão necessários para sua reabilitação (fisioterapia, fonoaudiologia, etc.

LEMBRE-SE

Consultar sempre o médico antes de fazer uso de qualquer medicamento, mesmo os homeopáticos ou naturais;

Quando estiver em tratamento, evite lugares fechados, multidões, aglomerações, contato com pessoas com doenças virais, pois normalmente há uma queda na imunidade do organismo, o que o deixa mais vulnerável a infecções. Evite tomar sol durante a fase de tratamento. Quando fizer, faça uso de protetor solar. Os medicamentos podem aumentar a sensibilidade ao sol.

Antes de cada sessão de quimioterapia, dependendo do esquema utilizado será necessário a solicitação de exames de sangue para avaliar se o tratamento poderá ser efetuado com segurança. Fique atento ao dia em que será realizado o exame.

Os C.T.I.são dispositivos de borracha siliconizada, cuja extremidade distal se acopla a uma câmara puncionável inserida sob a pele.

Existem alguns fatores que influenciam na escolha do catéter, entre eles, o tipo e periodicidade do tratamento, a dificuldade de punção da rede venosa periférica, preferência do paciente entre outros.

Metástase é a disseminação de células tumorais (doentes) para outros órgãos do corpo.

A implantação é realizada em um centro cirúrgico por um cirurgião, sob anestesia local ou geral em um curto intervalo de tempo.

O C.T.I. apresenta as seguintes vantagens: dispensam curativos, são mais cosméticos, não limitam atividades (como nadar por exemplo), não exigem treinamento do paciente e/ou familiares para o seu manuseio, são menos sujeito a acidentes (quebra, perfuração, corrosão, etc.).

Nos primeiros dias após a implantação, deve-se ter alguns cuidados com relação a incisão (corte) cirúrgica:

  • O curativo deve ser feito diariamente até a retirada dos pontos;
  • Observar a formação de hematomas (pele arroxeada), edema (inchaço), reação inflamatória (vermelhidão, calor local, dor), presença de coleção líquida purulenta, febre, etc. Caso ocorra alguns desses sinais e sintomas, o médico deve ser comunicado de imediato.
  • Nos pacientes que estão em tratamento, ou seja, em uso frequente do catéter, a Equipe de Enfermagem realizará a sua manutenção e limpeza através da heparinização.

O C.T.I. apresenta as seguintes vantagens: dispensam curativos, são mais cosméticos, não limitam atividades (como nadar por exemplo), não exigem treinamento do paciente e/ou familiares para o seu manuseio, são menos sujeito a acidentes (quebra, perfuração, corrosão, etc.).

É a aplicação de solução de heparina (solução anticoagulante), com o objetivo de manter a permeabilidade do C.T.I.; este procedimento deve ser realizado após cada uso, ou uma vez por mês em cateteres sem utilização (pacientes que temporariamente não estão em tratamento).

Este tipo de catéter, é um catéter de longa permanência e sua retirada deverá ser orientada pelo seu médico assistente

PARA MAIORES INFORMAÇÕES, A EQUIPE DE ENFERMAGEM DO CPO
ESTARÁ APTA A ESCLARECER SUAS DÚVIDAS.